Título: O morro dos ventos uivantes
Autora: Emily Brontë
Editora: Landmark
Páginas: 391 (edição bilíngue)
Sinopse: Na fazenda chamada Morro dos Ventos Uivantes nasce uma paixão devastadora entre Heathcliff e Catherine, amigos de infância e cruelmente separados pelo destino. Mas a união do casal é mais forte do que qualquer tormenta: um amor proibido que deixará rastros de ira e vingança. "Meu amor por Heathcliff é como uma rocha eterna. Eu sou Heathcliff", diz a apaixonada Cathy. O único romance escrito por Emily Brontë e uma das histórias de amor mais belas de todos os tempos, O Morro dos Ventos Uivantes é um clássico da literatura inglesa e tornou-se o livro favorito de milhares de pessoas.



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Para grande parte da geração jovem atual, O morro dos ventos uivantes, se tornou uma obsessão em meados de 2009, por se tratar da obra favorita dos personagens centrais de Crepúsculo. Apesar de grande fã da saga, meu interesse pelo livro só veio a se concretizar no final do ano passado (2018) ao ler uma fanfic que também o trazia como constantemente lido por uma das personagens. O clássico da literatura inglesa de 1847, escrito por Emily Brontë, apesar de classificado como romance, não se trata unicamente de uma história de amor. Há magoas, vinganças, doenças, violências físicas e psicológicas e tantos assuntos que levam a história a ter a capacidade de se tornar tanto a favorita do leitor, como uma bastante odiada. Eu definitivamente fico do lado dos amantes.

Nelly, a fiel empregada da família Earnshaw, em uma noite, conta ao novo inquilino da Granja Thrushcross, a história dos acontecimentos no Morro dos Ventos Uivantes. O patriarca da família, sai em uma viagem à Liverpool, e ao voltar traz consigo um menino, que se acredita ser de origem cigana (apesar de não confirmado em momento algum). A ele, é dado o nome de Heathcliff. O garoto, por receber toda a atenção e amor do Sr. Earnshaw, é imediatamente odiado pelo novo irmão adotivo, Hindley. No entanto cai nas graças da irmã, Catherine. Os dois crescem juntos e o amor entre eles também. Com o breve falecimento dos Sr. e Sra. Earnshaw, Hindley toma o lugar do pai e para Heathcliff sobra a humilhação de empregado e Catherine se casa com um rapaz de alta classe, Edgar Linton.  Assim, partindo o coração de ambos.

“... que coisa pode existir que não esteja ligada a ela, para mim? O que é que não me faz recordá-la? Não posso nem olhar para este piso, sem ver os seus traços impressos nos ladrilhos! Em cada nuvem, em cada árvore – enchendo o espaço, à noite, espelhando-se em cada objeto, durante o dia – vivo rodeado por sua imagem! Os rostos mais comuns de homens e mulheres – os meus próprios traços – zombam de mim com a sua semelhança. O mundo inteiro é uma terrível coleção de marcas de sua existência, e de que eu a perdi!”

Heathcliff vai-se embora do Morro e ao retornar, anos depois está rico e disposto a chamar a atenção de Catherine novamente, causando assim uma rixa com Edgar. A história choca o leitor de inúmeras maneiras, principalmente ao se deparar com as personalidades agressivas, em vários sentidos, de muitos dos personagens causadas pelas dores de um amor dificilmente apto a ser concretizado. Portanto, é essencial na leitura conhecer cada um deles e julgar suas atitudes, baseadas na história de vida e decepções de cada um. Há momentos e personagens para se amar e odiar.

Deixo, a minha citação favorita, a qual me trouxe para o mundo do Morro dos Ventos Uivantes.

“Beije-me uma vez mais e não me deixe ver os seus olhos. Perdoo-lhe o que fez. Amo a minha assassina, mas não a sua. Como eu poderia?


OBS.: Há várias adaptações da obra para cinema, sendo a mais famosa de 1939, indicada há 6 Oscars. A mais recente, em 2011, conta com Kaya Scodelario no papel de Catherine Earnshaw.


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